Bordados em Vila Rica
Originária que sou de Ouro Preto, sempre ouvi casos curiosos lá acontecidos. Consta por exemplo que o inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, que tomou por alcunha o nome de Dirceu, e deu à sua amada, Maria Dorotéia Joaquina de Seixas o nome de Marília, era exímio “bordadeiro”. Executando à janela, em que com os olhos procurava a sua Marília, bela peças bordadas visando ao próximo casamento.
Os Bordados nas Sacadas, Igrejas e Procissões
Nessa cidade era frequente a visão de bordados magníficos feitos com fios de ouro e usados pelo clero nas grandes cerimônias e procissões. Hoje ainda podem ser vistos nessas ocasiões ou mesmo nos museus e igrejas, sendo um testemunho do fausto da nossa história colonial. Outra tradição que perdura, ainda em nossos dias, são as colchas bordadas que são colocadas nas janelas por ocasião das grandes procissões. Tapetes de flores, serragem, papéis coloridos, musgo, folhagens são executados em ocasiões especiais e mostram o gosto pela composição, pela cor e pela textura que se tornou tradição na cidade.